Resenha de O Regresso:
O ano é 1820, numa região ainda selvagem e pouco acolhedora dos Estados Unidos, caçadores de peles estão terminando seu trabalho, recolhendo e tratando as últimas peças a beira de um rio. A paisagem é decorada pelo entardecer e pelos primeiros ventos frios anunciando um inverno vindouro… Eu sou Fabrício Barros e hoje vou falar sobre o filme O Regresso. Sejam bem vindos ao CDR Shot.
(vinheta)
Cansado e coberto de peles cruas estou aqui para avisar que está resenha é uma opinião pessoal e se reserva a não fazer spoilers, e recomendamos, além de uma boa dose de conhaque, que também não dêem spoilers nem aqui, como na vida.
Sobrevivência, vingança, faroeste, creio que cada uma destas palavras paradoxalmente definiriam e não definiriam o longa, diga-se de passagem com 156 minutos, de Alejandro Iñárritu. Tudo isso são elementos do filme em separado mas que permeiam todos ao mesmo tempo a trama. E você é conduzido de um a outro pelo enredo, baseado no romance de Michael Punke e escrito pelo próprio diretor em parceria com Mark L. Smith (de Temos Vagas); pelos cenários nevados captados com esmero e perfeição por Emmanuel Lubezki, com planos sequência estonteantes e contemplativos na medida exata, meio que ditando o ritmo do filme entre tempestades e bonanças; pela música eficiente e respeitosa de Ryuichi Sakamoto, pelas interpretações de Tom Hardy e seu John Fitzgerald, egoísta, complexo e marcado por traços duros que se refletem em seu comportamento e de Leonardo Di Caprio como Hugh Glass, o estrangeiro fechado, marcado por perdas e escolhas duras, criando um filho mestiço numa época alastrada de preconceito.
E por falar dos dois,respectivamente Fitzgerald e Hugh, desde o início da trama os dois são colocados em lados opostos e o filme não nega em momento algum o que Fitzgerald é e dá sua razões durante a história, criando essa antipatia entre os personagens de modo abrupto o que pode parecer forçado para alguns como já ouvi enquanto fazia este texto.
Incidentes ocorrem deixando Hugh incapacitado, e ele mesmo sendo o guia do grupo de caçadores de peles, depois de algum tempo tem de ser deixado pra trás, junto de Fitzgerald, seu filho Hawk e um jovem e inexperiente caçador chamado Bridger. Deixado à sorte depois de ver seu filho ser morto, abandonado num ambiente cada vez mais inóspito por conta do inverno que se aproxima cada vez mais e uma distância considerável de algum local civilizado, Hugh Glass é impulsionado pela perda do filho e pela sede de vingança, partindo. Sobrevivendo.
Tudo isso acontece no máximo no primeiro quinto do filme, não acredito que isso retire algum gosto pelo mesmo, já que essa é a premissa inicial. A sobrevivência está a todo tempo batendo a porta, é um sentimento constante e quase invasivo. As câmeras acompanham tão próximo os personagens que suas respirações transparecem na tela, dando um sentido de tensão enorme.
FINALMENTES:
O Regresso é um ótimo filme, que merece suas ótimas críticas tanto de especialistas quanto do público, que está aceitando bem o filme até o momento em que escrevo este texto, não vou expor minha opinião sobre Oscares, não sou de apostas, mas posso dizer que este é um dos mais belos filmes que já assisti, que me envolveu e deu um outro olhar sobre o que é a natureza em si, e quão poderosa ela é.
Nota: 9.2
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